Stefanie Harvey

Cientista Principal e Gerente de Programa
Conectividade TE
Professor adjunto
Universidade Estadual de São José

Stefanie Harvey

Cientista Principal e Gerente de Programa
Conectividade TE
Professor adjunto
Universidade Estadual de São José
San José, CA, EUA

Educação:

  • Ph.D., Ciência de Materiais, Universidade de Minnesota, 1995; Tese: “Sondas Nanoscópicas de Instabilidades de Superfície”
  • BS, Física, Universidade Católica da América, 1989

Foco de Trabalho:

Harvey lidera um pequeno grupo de P&D que está tentando criar produtos usando nanomateriais em comprimentos macroscópicos (quilômetros!).

Conselhos aos alunos:

É importante ter uma boa base na sua educação: fortes habilidades matemáticas e fortes habilidades de escrita e fala – cientistas e engenheiros precisam comunicar o que aprenderam.  

Links:

  – Conectividade TE

  – Universidade Estadual de São José

Entrevista:  

P: Quando você descobriu que sua carreira se concentrava em nanotecnologia?
Harvey: Na pós-graduação; meu trabalho de doutorado examinou o comportamento micro e nanomecânico dos materiais. No meu primeiro verão como estudante de pós-graduação, tirei espectros de fotoelétrons de raios X em um novo material que nos foi enviado por um professor da Universidade Rice – uma pequena fuligem engraçada que ele chamou de C60.      

P: Em quais aplicações atuais de nanotecnologia você está trabalhando?  
Harvey: A pesquisa atual concentra-se em materiais de baixa densidade para aplicações elétricas; olhamos para muitos nanomateriais diferentes. No momento estamos focados em Nanotubos de Carbono (CNTs).        

P: Qual é a coisa mais gratificante em trabalhar com nanotecnologia?
Harvey: Ter conhecimento (e acesso a) materiais e tecnologias que serão a solução para muitos desafios ambientais, de saúde e energéticos.  

P: Há algum exemplo que você possa fornecer que mostre como algo em que você trabalhou impactou positivamente o mundo?
Harvey:
 Tive o prazer de trabalhar com diversos cientistas e engenheiros durante minha carreira acadêmica e industrial. Alguns desses projetos incluem a compreensão do comportamento de fadiga dos eletrodos dos marca-passos, o desenvolvimento de processos para criar circuitos integrados melhores e a construção de equipamentos que tornem os testes genéticos mais rápidos e menos dispendiosos.    

P: Qual você acha que foi o maior impacto que a nanotecnologia teve no mundo até agora?  
Harvey: O maior impacto foi reacender a imaginação de cientistas e engenheiros em todo o mundo. A nanotecnologia é usada em produtos farmacêuticos, aeroespaciais e até em equipamentos esportivos.     

P: Por favor, dê um exemplo do que você imagina que as aplicações da nanotecnologia levarão no futuro. 
Harvey: Algumas das aplicações mais interessantes são aquelas que irão melhorar a qualidade de vida das pessoas em todo o mundo – apenas alguns exemplos:
– Purificação de água de baixo custo: 80% da população mundial vive em áreas onde há potencial escassez de água ou escassez de água potável (Nature 2010)
– Captação de energia: A nanotecnologia é fundamental na criação de materiais que podem ser usados para a captação passiva de energia, bem como na otimização de combustíveis alternativos e na criação de baterias e células de combustível de baixo custo, baixo peso e menos tóxicas.
– Aplicações médicas: Os nanomateriais estão na mesma escala que muitas interações bioquímicas e bioelétricas humanas fundamentais. Podemos aproveitar este facto para criar sistemas de distribuição de medicamentos e sensores in-situ.
– Materiais multifuncionais: Imagine uma bata hospitalar que leva informações biométricas vitais ou uma camiseta que é a bateria do seu MP3 player.         

P: Você trabalha mais em equipe ou mais sozinho?
Harvey: Trabalho principalmente como membro de uma equipe; minha função, à medida que progredi em minha carreira, saiu do laboratório e agora está focada na identificação de oportunidades para criar produtos, comunicar ideias com clientes e colaboradores e desenvolver propriedade intelectual.         

P: Se você trabalha mais em equipe, quais são algumas das outras áreas de especialização dos membros de sua equipe?   
Harvey: Trabalho com químicos, engenheiros mecânicos, engenheiros elétricos, bem como advogados e equipe de vendas. Todos na equipe (incluindo jurídico e vendas) têm formação técnica.     

P: Sua formação universitária o ajudou em seu trabalho em nanotecnologia?
Harvey:
 Sem dúvida; a educação nos fornece as ferramentas para continuar aprendendo. O campo da nanotecnologia está passando por mudanças contínuas e rápidas. Não é algo que se lê uma ou duas vezes em um livro didático.     

P: Você tem um mentor? Você fez isso nos anos de faculdade?
Harvey: Tive muitos mentores durante minha educação e minha carreira. Às vezes, a orientação é formal – como um orientador de graduação ou um líder cooperativo. Às vezes, a orientação é informal – um colega experiente ou um conhecido de uma sociedade técnica que lhe dá conselhos. Não se esqueça de que a mentoria pode seguir várias direções. Engenheiros e cientistas mais jovens também podem aconselhar e treinar os mais experientes!  

P: Se você tivesse que fazer tudo de novo, ainda se concentraria em aplicações de nanotecnologia?
Harvey: Absolutamente. A nanotecnologia é um campo muito amplo; com algum conhecimento fundamental, você pode trabalhar em uma variedade de aplicações – médica, energética, industrial. Nunca é chato. 

P: Se um estudante do ensino médio ou universitário estivesse interessado em nanotecnologia, que conselho você daria a ele para ajudá-lo a se preparar para assumir essas funções?
Harvey: Para estudantes do ensino médio: envolva-se na ciência assim que puder. Talvez consiga um estágio ou emprego de meio período em uma pequena empresa ou em uma universidade local. Se isso não for possível, junte-se a um clube de ciências – uma equipe robótica é sempre uma escolha divertida.
Para estudantes universitários – estágios e cooperativas são a chave para obter experiência prática e descobrir que tipo de trabalho você gosta de fazer.  

Também é importante ter uma boa base na sua educação: fortes habilidades matemáticas e fortes habilidades de escrita e fala – cientistas e engenheiros precisam comunicar o que aprenderam. 

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